quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Degustação na Concha y Toro: Amelia e Don Melchor safras 1990 e 2008.

         
                Numa visita ao Chile no fim do ano, estive na Viña Concha y Toro onde fiz esta degustação de duas safras do ícone da vinícola, Don Melchor, uma antiga 1990 e a mais recente 2008. O legal desta degustação é que você pode perceber a evolução do vinho que foi armazenado nas adegas da vinícola com o devido cuidado. Para começar e enquanto aguardava a decantação das duas garrafas de Don Melchor, degustei o Amelia que é produzido no Valle de Casablanca e recentemente foi eleito na International Wine Expo de Moscou sob a supervisão de Steven Spurrier (Julgamento de Paris) o melhor Chardonnay. Na minha avaliação é um vinho sem defeitos, com uma relação entre a mineralidade e a acidez devidamente equilibrados e uma estrutura perfeita para acompanhar uma refeição, entretanto devo ressaltar que o Marques de Casa Concha Chardonnay não peder para o Amelia em nada e custa a metade o preço.
                Agora vamos aos Don Melchor, depois de devidamente decantado e acompanhado por empanadas de carne, queijo e jamón, a primeira prova foi do safra 2008, um vinho profundo e intenso, tanto no aroma quanto na cor, com aromas complexos e taninos ainda um pouco agressivos, com um retrogosto persistente um vinho excepcional mais que ainda vai melhorar muito com a guarda. Já o safra 1990 que foi a segunda safra deste vinho que foi criado em 1989, estava perfeito, a coloração levemente atijolada, o que era condizente com um vinho de 21 anos, o aroma forte e doce lembrando um vinho do porto, mas a boca toda sua delicadeza ficou evidênciada, com taninos finíssimos e um pouco mais de acidez que o safra 2008, é um vinho único e uma experiencia fabulosa.

Todos da Vinã Concha y Toro
Preço: Amelia R$ 180,00, Don Melchor 2008 R$ 450,00, Don Melchor 1990 ?????
Guarda: Amelia dois anos, Dom Malchor 2008 quinze anos, Don Melchor 1990 consumo imediato. 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Chianti Rufina de Renzo Masi.



             Em um almoço no Alessandro e Frederico, tive a recomendação deste Chianti pelo Sommelier, e como sempre ele acertou em cheio. Do produtor Renzo Masi este Chianti Rufina (que é uma sub-zona fora de Chianti Clássico ao leste de Florença) mostrou-se com uma coloração bastante intensa e um aroma floral  bastante agradável, na boca logo percebe-se frutas vermelhas, acompanhado de uma acidez correta com álcool na medida e um tanino um pouco pronunciado, mas nada que prejudique o frescor deste Chianti, que se mostrou uma boa opção para acompanhar uma pizza ou uma massa com molho de tomates, entretanto, minha hamonização foi com um rigatoni ao funghi secchi e apesar deste prato possuir um molho mais substancioso, ele não sobrepôs ao vinho.

DOCG Chianti Rufina - Toscana.
Safra 2010.
95% Sangiovese + 2% Canaiolo + 3% Colorino.
12,5% de teor alcoólico.
Temperatura de serviço 16º C.
Preço médio R$ 90,00.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Comemorações de fim de ano.


                        Esta semana numa comemoração de fim de ano, junto com os amigos Felipe e Jhonny da Bacodega, bebemos estes dois belos tintos,  primeiro o excelente Sul-africano Stellenbosch Hills 1707 Reserve safra 2007, que é uma edição limitada da vínicola, lançada apenas em ótimas safras, é um corte de Shiraz, Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot com maturação de 24 meses em barricas de carvalho francês, é um vinho bastante intenso que apresenta boa  madeira e taninos bem equilibrados e doce, um vinho bem gastronômico com um bom custo-beneficio.
                              Já o segundo da região do Piemonte na Itália com 80% Nebiollo e 20% Vespolina e 18 meses de estagio em carvalho, o Fara Caramino DOC 2003 do produtor Luigi Dessilani, que faz grandes vinhos, se mostrou bem austero ainda um pouco fechado apesar dos seus 8 anos, entretanto, ao nariz nota-se muita complexidade, e a boca taninos firmes e um retrogosto persistente, merece mais uns anos de guarda para expor suas qualidades, boa pedida para quem quer compor uma adega.   

* Ambos os vinhos vendidos na Bacodega na faixa dos R$ 90,00.